sexta-feira, 29 de maio de 2009

Como o Dentista pode Ajudar a Diminuir a Gravidade da Artrite Infecciosa e Diabetes



A Diabetes Mellitus (DM) é um fator de risco comprovado para artrite infecciosa. Essa relação se dá devido a maior carga de mediadores inflamatórios exibida nos diabéticos, além da imunossupressão causada por esta condição. Dessa forma, a DM cria um ambiente propício à infecções adjacentes ou a disseminação de microorganismos pela corrente sanguinea.

A doença periodontal (das gengivas), por vezes citada como uma complicação da DM, adiciona ao organismo, que encontra-se debilitado imunologicamente pela DM, uma carga ainda maior de mediadores inflamatórios.

Juntos, artrite infecciosa, diabetes mellitus e a doença periodontal tornam-se uma combinação debilitante que acelera a infecção sistêmica e local.

A fim de se tratar todos os aspectos inflamatórios e infecciosos, a taxa de glicemia deve ser controlada, ao mesmo tempo que a infecção local e sistêmica é tratada.

Dessa forma, o tratamento odontológico nesses casos consiste de:

- Teste dos níveis de Hemoglobina Glicosilada, avaliando-se assim a necessidade do uso de antibióticos sistêmicos durante os procedimentos odontológicos; - Remoção da placa bacteriana e cálculos supra e subgenvivais;

- Remoção de tecidos dentais infectados (cemento e dentina);

- Uma mudança na população microbiana oral em colaboração com o médico.

Medidas odontológicos como estas citadas são capazes de promover grande melhoria no quadro sistêmico de pacientes portadores de doenças sistêmicas. É a odontologia mais uma vez provando que a boca e o corpo são um só.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Alterações genéticas...




Algum de vocês já parou para imaginar que alterações no funcionamento de genes responsáveis pela formação dos dentes podem promover anormalidades em órgãos a distância?

Pois é verdade. Os recentes avanços na área de genética têm proporcionado chegar a conclusões como esta:

Mulheres portadoras de hipodontia (ausência de um ou mais dentes) possuem uma maior probabilidade de ter câncer de ovário (CO). Segundo trabalho publicado por Chalothorn e colaboradores*, em 2008, mulheres com CO possuem 8,1 vezes mais chances de ter hipodontia do que mulheres sem alterações de ovário. Após uma pesquisa clínica chegou-se a conclusão que os dados preliminares sugerem uma associação estatística entre hipodontia da dentição permanente e CO, promovido por alterações genéticas.

Como podemos perceber, a boca realmente representa o corpo como um todo!


* Chalothorn LA, Beeman CS, Ebersole JL,et al. Hypodontia as a risk marker for epithelial ovarian cancer: a case-controlled study. J Am Dent Assoc. 2008 Feb;139(2):163-9.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Odontologia Sistêmica - O início.



Olá a todos,

Esse post marca o início do "Odontologia Sistêmica". Um blog feito com o intuito de trazer informações sobre odontologia, não em sua forma e conteúdo tradicional, e sim a partir de uma abordagem integral do paciente. O boca representa o organismo como um todo, e é essa a visão que pretendemos discutir nesse espaço.

Até o próximo post!

Diego Peres Magalhães